Fosfato monoamônico (MAP) fornece fósforo para a microflora ruminal

Os ruminantes precisam de fósforo para estrutura óssea e funcionamento das células. Porém, em comparação com animais monogástricos, eles também precisam do fósforo para a microflora ruminal, que requer mais P do que as necessidades de manutenção do animal (Meschy, 2010).

A necessidade total de fósforo das bactérias ruminais é satisfeita parcialmente pela disponibilidade alimentícia de fósforo e pela reciclagem salivar.

Portanto, Durand e Kawashima (1980) enfatizaram que a solubilidade do fósforo na água é importante para garantir uma boa produtividade ruminal. O fosfato monoamônico (MAP) fornece um alto conteúdo de fósforo (26%) e um alto teor de fósforo solúvel em água (>90%).

Testes in vitro mostraram uma alta e rápida solubilização de fósforo a partir do fosfato monoamônico no suco ruminal. O resultado é uma ingestão direta de P para os micro-organismos ruminais. No caso da Acidose Ruminal Subaguda (SARA), a reciclagem salivar do P diminui, resultando em uma queda do fósforo disponível para as bactérias ruminais e, portanto, um declínio da atividade celulolítica (Durand et al., 1989 ; ; Goselink et al. 2015). Portanto, graças ao alto teor de fósforo solúvel em água, o fosfato monoamônico (MAP) permite manter a atividade bacteriana (especialmente bactérias celulolíticas).

Fosfato monoamônico (MAP) fornece nitrogênio ao ruminante.

Uma vez ingeridos, os componentes nitrogenados da dieta diária podem tomar dois caminhos diferentes de acordo com suas degradabilidades: o nitrogênio proteico alimentar com 2 diferentes frações e o nitrogênio não proteico (NPN). A fração de NPN oferece uma fonte direta de nitrogênio para a síntese proteica microbial. De fato, as bactérias ruminais são as únicas capazes de usar essa fração NPN. A ureia é a fonte principal de nitrogênio não proteico, mas outras fontes de NPN existem como fosfato monoamônico (MAP), que fornece 11% de N. Ao fornecer de forma síncrona 26% de P altamente disponível e 11% de nitrogênio (N) solúvel, o fosfato monoamônico (MAP) oferece as bases para que o rúmen funcione.

Como usar o fosfato monoamônico (MAP) em ruminantes?

Os fosfatos monoamônicos (MAP) são distribuídos entre 30-70 g/vaca/dia. O MAP é usado em vacas leiteiras e pode ser usado também em gado de corte. Como não contém fosfato de cálcio monoamônico, é indicado para secagem de vacas (período de transição). O objetivo é oferecer um fornecimento sincronizado de P e N para micro-organismos ruminais com a finalidade de otimizar as fermentações ruminais e, assim, o desempenho dos animais.